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Desconto maior em imóveis de SP

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LUCIELE VELLUTO

O desconto para quem negociou um imóvel usado no mês de agosto deste ano chegou a 13,61%, segundo pesquisa de venda de imóveis realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Dos cinco grupos de bairros analisados pela entidade, três apresentaram aumento nos abatimentos, um se manteve estável e outro registrou queda.

O maior desconto, de 13,61%, foi verificado em bairros com imóveis de maior valor, como Vila Nova Conceição, Jardim Paulista, Moema e Campo Belo (Zona A). Em julho, o recuo de preço na hora do pagamento do imóvel tinha sido de 6,75%.

Para bairros como Aclimação, Chácara Flora, Pompeia e Alto de Santana (Zona B), a redução média no valor da unidade foi de 9,34% em agosto, acima dos 8,22% do mês anterior. Em outros bairros, como é o caso de Belém, Casa Verde, Penha e Rio Pequeno (Zona D), o desconto também foi maior na comparação entre os meses, passando de 4,87% para 6,06%,

Já as unidades em distritos como M’Boi Mirim, Lausanne Paulista, Santo Amaro e São Mateus (Zona E) apresentaram estabilidade na redução, com 7,75% em julho para 7,16% em agosto. Na mesma comparação, moradias em locais como Cambuci, Vila Indiana, Mooca e Barra Funda (Zona C) tiveram abatimentos menores, de 5,10% para 4,71%.

Caro demais
Segundo o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, o aumento dos descontos em regiões mais valorizadas ocorre porque os preços dos imóveis chegaram a um patamar inatingível para o consumidor. “O proprietário de um usado olha os preços dos novos e acha que seu imóvel com dez, 20, 30 anos vale o mesmo do que unidades recém-lançadas. Só que não consegue vender. Ele é obrigado a dar o desconto.”

Para os próximos meses, Viana Neto avalia que o porcentual de redução deve ser menor. “As pessoas perceberam que não podem elevar mais ainda os preços dos imóveis porque não vão conseguir vender. Não há mais espaço para os preços subirem. Acreditamos que o mercado entrou numa fase de estabilidade de preços e com liquidez mais lenta”, diz.

A diretora da Lello Imóveis, Roseli Hernandes, aponta que metade das unidades comercializadas pela empresa apresentam algum desconto no preço. “O porcentual vai depender de quem está vendendo e de quem está comprando. Se o dono precisa muito vender, a redução é possível”, diz.

Roseli recomenda a quem vai comprar que pechinche, principalmente para pagamento do imóvel à vista. “Com dinheiro na mão, maior é o poder de negociação do comprador. Mesmo assim, não deixe de perder um bom negócio só porque não houve abatimento”, afirma.


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